sexta-feira, 18 de setembro de 2009


Eu queria muito acreditar na fé

Fazer dela minha parceira contra os deslizes desse mundo

Que Deus ou os santos pudessem me socorrer

Mas a fé me fez triste e moribundo


 

Queria a mágica do instante da oração

Aquele momento sublime onde tudo é possível

Onde se une força, palavras e canção

Em um gesto de amor mais que magnífico


 

Acontece que nas voltas do viver

Não existe volta para o pueril pedir

E você envelhece esperando acontecer

E então a fé antes forte vai ruir


 

Mas tem uma fé boa de crer

Nela não existe desencanto

Absoluto retorno você vê

Sem ter que acender vela para o santo


 

A cachaça guarde para tristeza

A cerveja para as boas companhias

Os champagnes para os momentos de beleza

Ou inverta tudo! Seja por dor ou alegria.


 

Revelo agora empunhando um megafone

Todos juntos em uma só religião

Bem aventurados todos os homens    

De fé na VIDA e amor no coração



Um comentário:

Claudio Renato disse...

Pois é, querido Rodrigo. A fé...Existe uma turma, como a minha, que participou da claque de Barrabás. Jamais será perdoada. Talvez você também faça parte dela.

Um abraço