quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Soneto do amor vazio


"...e sem saber que era nada, fiz meu tudo de você..."



E eu passei por você...lentamente...

E você... fingiu que não me viu

Olhou para o outro lado forçadamente

Desta vez nenhuma tristeza me invadiu



Lembrei do tempo em que mendigava sua atenção

Migalhas de sorriso, de afeto, de carinho

Como um esfomeado trancado na prisão

Ignorando seus desejos pobres e mesquinhos



Vi que também vives de migalhas dos que nunca te quiseram

Humilhante fim de festa para linda e louca princesa

Dona de castelos erguidos dentro da sua própria cabeça



Passei por você agradecendo o desajeitado desprezo

Depois então, olhou para trás transtornada e meio perdida

Também te olhava, pois sabia que era essa a nossa chula despedida

Um comentário:

Anônimo disse...

Já dizia o maior de todos:A dor que deveras sente...será? Sentimos todas as dores, vivendo ou não...Pobre coração de poeta!!!

Fabuloso!