terça-feira, 1 de setembro de 2009

Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três


Se alguém ainda pensa que é fácil
É a prova viva que vem pra dizer
Que o coração tem desejos contrários
Por isso quase sempre amar é sofrer

Existe quem não chore por ninguém
Brincando com sentimentos alheios
Uma hora o coração escreve o porém
E de doze para seis vira seus ponteiros

De espertos a tolos vão rapidamente
Quem entra nesse mundo de mistério
Fica sem chão, sem teto e sem mente
Do paraíso vai seguindo ao inferno

E aquelas que vivem em um mundo encantado
Esperando sempre um algo a mais, o porvir
Choram quando tudo deu errado
E o seu mundo antes belo vai ruir

Já que o amor cobra um alto preço
E acaba com a fé na vida e a razão
Estou procurando um velho leiloeiro
Que possa leiloar um fagueiro coração

4 comentários:

Ariana disse...

huuummm, ficou esperto esse hein!?! tudo haver.. adorei :)

Flávio Morgado disse...

Sinto minha mão nessas letras. Pois é, meu caro amigo, dói demais, mas saem coisas desse quilate. E que não é viver isso? Pois que seja sempre, e que nos traga sempre ela, a que nunca abandona, a inspiração. Muito bom!!! Merece créditos.

Anônimo disse...

Aê Rodrigo, muito bom. Maneiro mesmo!

Patricia disse...

Linda essa sua poesia, Rodrigo ... E sofrer por amor é, realmente, uma pedreira. Não como as de Xangô, que nos dão segurança ... As pedreiras do amor nos enfeitiçam, fazendo-nos sofrer em uma luta que não dará resultado algum. Mas não desacredite, não desista de amar. Como você mesmo disse, a Natureza se renova a cada dia. A gente espera que o amor também aja assim.