Eu queria muito acreditar na fé
Fazer dela minha parceira contra os deslizes desse mundo
Que Deus ou os santos pudessem me socorrer
Mas a fé me fez triste e moribundo
Queria a mágica do instante da oração
Aquele momento sublime onde tudo é possível
Onde se une força, palavras e canção
Em um gesto de amor mais que magnífico
Acontece que nas voltas do viver
Não existe volta para o pueril pedir
E você envelhece esperando acontecer
E então a fé antes forte vai ruir
Mas tem uma fé boa de crer
Nela não existe desencanto
Absoluto retorno você vê
Sem ter que acender vela para o santo
A cachaça guarde para tristeza
A cerveja para as boas companhias
Os champagnes para os momentos de beleza
Ou inverta tudo! Seja por dor ou alegria.
Revelo agora empunhando um megafone
Todos juntos em uma só religião
Bem aventurados todos os homens
De fé na VIDA e amor no coração
Um comentário:
Pois é, querido Rodrigo. A fé...Existe uma turma, como a minha, que participou da claque de Barrabás. Jamais será perdoada. Talvez você também faça parte dela.
Um abraço
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