quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Grumete Recaredo

Para a turma que prepara os barcos durante a madrugada no Iate Clube da Urca

Um Frio
Eu de touca
De voz rouca
Em pé na popa
Olho a moça
Vou à proa
Beijar o luar.
Doida nua
É a moça à lua
Em meio à rua
Parei na sua
Cai a chuva
E a vida continua
Volto a trabalhar
Em pleno luar
Beijo a proa
Penso na moça
De voz rouca
Dando sopa
Deixei na popa
Minha touca
Na beira do mar
Tá um frio de lascar
Aaaaaaarrrrrrrr!

6 comentários:

Flávio Morgado disse...

Um simplicidade belíssima, adorei mesmo. Só referenda o que já disse antes: a cada poema, você tem escrito um novo escritor, cada vez mais preocupado com a poesia, e essa cena é sensibilidade pura. Um dos melhores.

F.M.

Unknown disse...

É tão lindo!!! Queria poder escrever assim, pensar assim, ser criativa assim. É um poema que dá pra imaginar e fazer um filminho na cabeça e a cada frase a pequena história se controe e quando o poema termina não termina a imaginação.
Muito bonito. Parabéns pelo cuidado com as palavras. Parabéns pelo talento. E vamos a mais um Sarau. Espero que este poema estaja lá tb.
Muito sucesso e luz pra vc.
Beijos
Carol

Carol Sakurá disse...

Ah,marinheiro!
Puro e belo!
Me levou ao espaço da poesia em pensamento.
Bjs!

Batom e poesias disse...

Poema cheio de ginga!
Adorei!

bj
Rossana

Rodrigo G5 disse...

Me senti no iate da Urca pegando chuva num barco enquanto me encantava com uma bela moça que por ali passava. Como se não bastasse a viagem maravilhosa me vem a Dona Clementina "vadeando" ao som do acordeon do grande Caçulinha. Sensacional!!!

Rodrigo Braga disse...

Ah Clementina!!! Como disse meu xará "vadeando", nosso elo perdido que quando cantava enchia a todos com graça.

Obrigado a todos.