quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sinto o Chão

Antes era fixo
Hoje sou provisório
Sem medo de errar
                             Sigo
                                   Errante
Faço
               E
Desfaço
                             Malas
                                     A todo
Instante
                             Nada
                     É
                             Como
Antes
Nem o sim
Nem o não
                Sigo a sina da canção
Improvisada
Sinto o chão 
                  E mais
                                                        Nada
A terra berra
Através
Dos meus pés
Nus
Na areia da praia
Minha alma é azagaia
Arremessada pelo
                        Berro  
                        Quero
Mais é que ela
                    Caia
Na gandaia

E que a rotina
                     (Pobre menina)
Morra
        Na tocaia



32 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Lindo, Rodrigo!
"Antes
Eu era fixo
Hoje
Sou provisório"
Que maravilha!
Este é meu grande objetivo, atualmente: sentir-me provisória, como é preciso... Coisa difícil!!!
Adorei!
Parabéns!
Grande abraço!!!

Rodrigo Paysan disse...

Grande Rodrigo,
confesso que sempre observei de longe este trabalho espetacular que vc faz aqui. Mas hj, eu digo hj mesmo (11/09/10) rs, pude ler, ouvir e refletir sobre tudo que faz aqui...
Espero poder acompanhar e juntamente com seu trabalho, crescer, crescer e crescer...
Parabéns por tudo rapaz!
Abraços

Pedro Wisik disse...

Quero
Mais é que ela
Caia
Na gandaia

E que a rotina
(Pobre menina)
Morra
Na tocaia

Muito interessante a métrica seguindo as falas do poema. "Caia" e a palavra cai da frase. E fecha desejando que a rotina , esta esperando um "deslize", morra.

Leve e bonito.

Rodrigo Braga disse...

Zélia fico feliz por ter adorado. Sua visita aqui é sempre um prazer.

Rodrigo Braga disse...

Rodrigo, muito obrigado mesmo pelas palavras.

Rodrigo Braga disse...

Pedrão eo famoso "espirito da coisa". Valeu!

Sandra Gonçalves disse...

E que a rotina morra na tocaia
Para que o samba seja chuva que caia
e molhe os pés do sambista...
Florescendo nele a inspiração do artista...

Bjos achocolatados !

Sandra Gonçalves disse...

Tentei te seguir mas dá erro...
Volto.
Bjos achocolatados!

Rodrigo Braga disse...

Lindas palavras Sandra, aguardo a sua volta!

Rô Moreira disse...

Tadinha da pobre menina. rs rs
Adorei, muito legal!
bjss

Machado de Carlos disse...

Rodrigo,

Fantástico! Belos poemas e belos vídeos. Gosto de ler sua maneira de escrever!
Quero deixar aqui um “Salve” para você e para seus amigos artistas.
Parabéns a vocês todos!
Um Abraço!

Anônimo disse...

Rodrigo

gostei demais. Sobretudo, estes versos, um acerto:

"...Sem medo de errar
Sigo
Errante"

Rodrigo Braga disse...

Rô, tadinha dela e eu feliz pela sua visita!

Rodrigo Braga disse...

Machado, uma honra de verdade suas palavras e os amigos saberão de seu apreço.

Rodrigo Braga disse...

Marcio,

Vc sempre é benvindo! Os filhos da arte seguem errante nesse mundo louco!

Márcio Vandré disse...

Quando levanto e sinto o chão, basta.
É a certeza que ainda estou vivo.
Um abraço, compadre.
Obrigado pela visita.

Rodrigo Braga disse...

Eu é que agradeço Marcio.

Aline disse...

Nossa Rodrigo que linda surpresa sua visita e seu espaço!
De um azul tão forte que quase escorre vermelho bordô pela tela... Vibrante e tão sofisticado, pelas letras soltas , juntas e que nem estão escritas!
Parabéns!
Se der uma pequena olhadinha pelo retrovisor... Já estou te seguindo!
Um beijo especial pra vc!

Rodrigo Braga disse...

Aline, adorei seu comentário! Colorindo ainda mais esse espaço. Volte muitas vezes.

Carol Sakurá disse...

Olá,Rodrigo!

Poeta sensível,mas realista e altamente surreal!

Sinto meus pés saírem do chão e tocarem a terra da minha imaginação.Asas ou pés?

Beijão!

Rodrigo Braga disse...

Olá Carol! Bom ter vc de volta por aqui! Pés muitas vezes são as asas que temos.

# Poetíssima Prida disse...

Nome, estilo, palavras.. me lembra o Pelô.. o samba.. o jeito muleque que alguns homens tem e encantam as mulheres a sorrir pelas noites a fora..

Rodrigo Braga disse...

Obrigado pela visita "Poetíssima". O que realmente me encantou foram as suas palavras.

Átila Goyaz disse...

Muito bom, excelente poema!

Rafaelle Benevides disse...

Ora, ora, moço. Belo blog!!! Foste visitar meu escafandro e estou aqui visitando teu universo virtual tbm. Vou ver o biologia balzaquiana tbm. até mais.

Anônimo disse...

E o Bom disso tudo é que eu trabalho ao lado de um Poeta(com P maiúsculo).
Parabéns Rodrigo, tenho certeza de que seus poemas irão tocar os corações de muitas pessoas.
E que a rotina...morra na tocaia.

Anônimo disse...

parabens rodrigo,essa poema é genial e claro o seu sucesso vai ser fixo e não provisorio por que vc merece ,um grande abraço fica com deus!!!!

Márcio Ahimsa disse...

...eu sinto o chão, irmão,
é que a terra desabou abaixo de mim.
nesse limite sem fim
o catador não reclamou
a lama que pisa,
nem confusa é a palha
que teu teto derrama,
teto de nuvem, cinza ao lado.
sim, tinha uma fotografia no quadro,
quatro patas como companheira,
um focinho abandono
que não sentia mais o cheiro
desse tempero debalde.
Amiúde, toda insistência do mundo
em caminhar por essa terra
misturada, às vezes estrangeira,
de tanta lida e cansaço,
que, vestido de palhaço,
eu rumo sem eira
pelo desconhecido
de asfalto e beco
dessa cidade...


Abraços, espaço profícuo em poesia.

Gostei.

Rodrigo Braga disse...

Que bom que desceu aqui escafandrista! Volte sempre!

Obrigado Aline!

Oh César! Muito gentil de sua parte.

Que bela visita Márcio! E nada poderia ser mais profícuo que o seu diálogo!

Rodrigo Braga disse...

Obrigado Áthila!

Canto da Boca disse...

Olá, Rodrigo, segui suas pegadas e cá estou, e tanto quanto tu gostaste de saber do Canto, eu também adorei conhecer o teu blogue.
Enquanto eu me embalava em sua poesia, murmurei um sotaque ceciliano, e cantei uma canção tão humana como cada um de nós.

Abraço e obrigada pela visita, volte sempre, será um prazer recebê-lo!

;)

Rodrigo Braga disse...

O prazer foi meu!