"Fragmento de um diálogo de uma peça que estou preparando".
(Poema para duas vozes)
Já não sou a mesma mulher
A vida vale quando se quer
E com você não quero mais
Ser essa outra mulher
Só se é outra mulher quando se quer
Não amei Carol, Eva ou Ester
Amava a antiga mulher
Que queria viver o quanto puder
Não há reconhecimento quando chega o fim
Ando triste e você nem olha para mim
No seu mundo de certezas e de sofá
De esportes, política e bar
Não tenho culpa se não há sorrisos
Muito menos se não há amigos
A vida vale sim
Por isso não entregue ela para mim
A culpa sempre é toda minha
Nunca foi diferente
Pobre da mulher que sente
Que nega sua natureza e não mente
Não existe vítima e algoz
A vida é linda quando somos nós
É o seu deixar para depois
Um mais um definitivamente é dois
A vida vale sim
Não venha entregar ela para mim
Sim, a vida vale sim
Não venha roubar ela de mim
Temos que ter essa conversa?
Das palavras que evitamos?
Será o fim da controvérsia?
Será que nos amamos?
Quanto tempo ainda temos? Quanto tempo ainda temos?
5 minutos ou a vida inteira? 5 minutos ou a vida inteira?
Dá tempo de ir à feira? Dá tempo de ir à feira?
Está vazia a geladeira! Está vazia a geladeira!
3 comentários:
Sensacional a sua peça. É o que realmente ocorre em nosso quotidiano.
Parabéns, pela bela escrita!
Meu amigo, muito obrigado pelo seu comentário sobre o meu soneto; É Noite!
Realmente os meus poemas são a soma de momentos subjetivos.
Um Grande Abraço!
Gilberto Gil já dizia:
— Este samba vai para João Gilberto e Caetano Veloso!
Belíssima escolha!
Massa! Adorei!
Beijo.
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