Essa noite tive um sonho
Acordei suado
Era um sonho medonho
Levantei pálido
Como garoto bisonho
Olhei para o lado
Era um tal Santo Antônio
Que me mandou um recado
Acordei suado
Era um sonho medonho
Levantei pálido
Como garoto bisonho
Olhei para o lado
Era um tal Santo Antônio
Que me mandou um recado
Outro dia estava perdido
E o céu escureceu
Sem minha mãe eu menino
Nem sabia o que era Deus
De grande fiquei pequenino
Quando um guerreiro me socorreu
Pediu que eu tomasse tino
Subiu no Cavalo e deu adeus
E o céu escureceu
Sem minha mãe eu menino
Nem sabia o que era Deus
De grande fiquei pequenino
Quando um guerreiro me socorreu
Pediu que eu tomasse tino
Subiu no Cavalo e deu adeus
Ainda hoje me pergunto
Para que existe a fé
Religião só dá tumulto
De Jesus, Oxalá ou Maomé
O Kardec explica tudo
E não sabe como é
Vejo que apenas para os corações puros
É reservado um bocado de axé!
Para que existe a fé
Religião só dá tumulto
De Jesus, Oxalá ou Maomé
O Kardec explica tudo
E não sabe como é
Vejo que apenas para os corações puros
É reservado um bocado de axé!
Um comentário:
Bela mensagem.
E gostei do título, que remete à uma sinceridade infantil, o que se encontra muito bem na exploração visual do poema. De fato, eu imaginei cada cena, e gosto disso, é a força da metáfora, da poesia, já intrínseca nos orixás, energias que sempre fui fascinado e admirador.
E depois de 23, o ano é nosso!
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