segunda-feira, 29 de março de 2010

Bate Papo

Caminhei por trilhas incomuns
Tropeçando por entre alguém, por entre alguns
Vários eles e tantas elas...
Milhares de sorrisos, milhões de mazelas
Em vez de triste, acho a vida bela
Seja com um grande amigo ou com linda donzela
Já bati tambor, já rezei em capela
Já beijei branca chique, já vivi com preta de favela
Pois a vida sempre se renova
Hoje sapeca criança, amanhã pacata senhora
Se a noite vem é que está chegando a aurora
Grite: viva! E grite: droga!
Pois se não tem enredo, não tem história
E só tem sossego quem não namora
Antes de sair, escute essa:
Minha vida não tem rima nem tem métrica
Minha lira é amiga íntima das minhas merdas
Só tem “versos para amar” os bons poetas
Minhas cartas de amor são ridículas e requenguelas
Como enterrei minha última quimera?
Caminhei por trilhas incomuns
Tropeçando por entre alguém, por entre alguns.

2 comentários:

Flávio Morgado disse...

Lindo, lindo!
Que saudade bateu agora. Esse foi o primeiro poema seu que postei no meu blog, na postagem o homenagiei e coloquei esse seu poema. A idéia de um bate-papo é maravilhosa. Hoje olho assim, e percebo o número de poemas que saem em nossas conversas, o pacato Pechincha já foi palco de várias dessas conversas rs
A refer~encia pra mim tão clara e que para outros talvez não seja é o que bacana, até o poema que você escolhe homenagear, pelo título, já deixa uma dúvida.
Estamos aí!

F.M.

Flávio Morgado disse...

Devo comentar novamente e dizer que com o vídeo ficou ainda mais bonito!
O vídeo ficou perfeito!