segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eu te amo, mas não muito

Eu te amo, mas não muito
Não quer dizer que não goste
Ou que quando te toque
Não seja maravilhoso e fortuito

Quer dizer que é como o mar
Que vai e vem movido pelo ar
Amar é a maré que tem somente a lua
Como sua sedutora condutora nua
Assim como meu coração
Que possui sua própria razão
Não é a da cabeça não
É uma espécie de oração
Que é a vida em canção
Que não se anula por conta de um refrão

Sem versos com clichês
Que se canta sem cachês
Sua melodia com ardor
Sem rimar amor com dor
Até sem rima e sem função
Talvez nem tenha um refrão
Mas que seja bom de cantar
É receber só por se dar

É que sem refrão se enxerga o coração
Então pode se amar de montão
Um amor saudável
Onde ser feliz é tão palpável

Desculpe, magoar não
Nunca foi minha intenção
Mas esse seu amor que é tão gigante
É maior que o maior elefante
É um fardo tão pesado
E já, já será passado
Não sei qual é o teu intuito
Mas saiba que te amo, mas não muito.

Um comentário:

Ricardo Valente disse...

Amor, formas e intensidades... a ver!
Muito bom ritmo, rimas e conteúdo.