terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pra Navegar

Para navegar deve-se ter certeza
que o mar
Não é feito de certezas
Assim como é verdade que a verdade
é uma mentira
Nada além que um mero artifício da vida
Verdade
Mentira
Certeza
Incerteza
Ruim
Boa
Depende do que o capitão grita à proa

Como se pode ter certeza de algo no mar?
Já que o fim do corpo é dormir
E do Barco afundar

Afirmo:

Em todo o resto
Deriva
O incerto
Até aportar por lá

Por isso giro no meu mundo
E me viro
Com o que pintar
Tenho criações de desejos e nunca alimento as expectativas
Pois elas crescem E começam a machucar
Não sei como serão as ondas desse navegar
Mas sei afastar as certezas
Para ter muitas viagens antes
de
afundar

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