segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Balão




Um

Poema

Feito só para ser

Teorema para esse viver

Para tocar as estrelas e sair do chão

Flutuar feliz colorindo toda e qualquer visão

Simples tal qual um balão, japonês em noite de São João

Desconexo e conectado! Côncavo e convexo! Perplexo, mas atento!

Visto e vendo, pobre não me vendo! Sendo atentado pela multidão

O coração é a bucha do meu balão e queima sem perdão

Será memória póstuma sempre uma pura lição

Para gente hipócrita que é só o bufão

Acha que é Rei, tenho dó

Para fim desse nó?

Poema




















2 comentários:

Flávio Morgado disse...

Tem ficado um especialista nisso! MARAVILHOSO!
Cansei de dizer acho muito bonnita essa estética, acho original e tem marcado seus poemas.
Vir aqui e ver esse tipo de poema e sua evolução constante me faz ter um orgulho cada vez maior em compartilhar esse caminho cheio de pedras que resolvemos seguir juntos...mas não importam as pedras, estamos juntos!
Voe o balão de nossa poesia...voe balãozinho, só isso lhe peço, só!

Claudio Renato disse...

Interessante a forma do balão japonês. Aliás, fiquem atentos porque, no dia 2 de dezembro, no CCBB, Ferreira Gullar vai comentar sobre os 50 anos do manifesto neoconcretista. Pelo que conhecemos dele, vai desancar.

Abraço, Rodrigo!