quinta-feira, 12 de maio de 2011

Senão

Senão

Você afirma que aquele verde é único
Eu digo que é o azul com amarelo
Vejo o quão brasileira é aquela canção
Diz que parece Elvis Costello
E grita que o melhor amor é o maior do mundo
Eu digo que esse amor é um inferno
Chamo-te para ao mar, dar um mergulho?
Sugere a areia, o sol de inverno.
Reclamas que o cachorro late muito
Admiro o ladrar que é tão singelo
Indagar a modernidade é meu discurso
E apontas a importância do progresso
Você contradiz a todos e a tudo
Eu não enxergo na unidade nada belo

No entanto quando o pranto não é tanto
Por vezes no amor o quanto mede-se nos entretantos
E amor tem que ter senão
A legislação é feita pelo porém
Amor, desordem e progresso com paixão
É um Comte para nós e mais ninguém.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Antisofista

Antisofista

Não se deve entregar a alguém o direito de antecipar seu réquiem
Quem não precisa de ninguém precisa de todo mundo
E quem precisa de todo mundo não precisa de ninguém

Querendo chegar a algum lugar
Vá até lá
A pé ou de trem
Não dependa também
De pai, filho, espírito santo
Amém.
Não espere a aprovação, meu bem
Caso contrário será refém
De todo mundo
E todo mundo é ninguém.